Semana 7 - modelo vivo

4 de novembro de 2019

O que seria um volume - um volume, desde logo um corpo - que mostrasse a perda de um corpo? O que é um volume que contém ou que exibe o vazio? Como mostrar um vazio? E como fazer desse acto uma forma, uma forma que nos olha?

George Didi-Huberman "O que vemos, o que nos olha", pp. 16


Este desenhos de segunda ficou bonito na proporção (apesar de a mão ter saido um pouco do lugar haha), mas não consegui sair do clássico e isso às vezes me incomoda. Sinto que acabo me prendendo a uma preocupação com proporções que não me deixam soltar o traço e deixá-lo fluir mais livremente. Mas entendo que isso é um processo, que eventualmente vou dominar o traço e poderei deixar-me levar.
Me comparo com os q conseguem inovar e usar materiais diferentes e ainda manter as proporções...

A modelo estava com um ar bastante abatido e ansioso, talvez porque ela se atrasou e estava preocupada, ou talvez tinha acontecido algo que a deixou assim. Apesar de ter notado essa energia carregada dela, o desenho final transmitiu uma (falsa) serenidade. Como é possível transmitir isso em um desenho clássico? O grafite parece-me dar uma sensação de tranquilidade e serenidade que é esteticamente agradável, mas não está de acordo com como a modelo se comportou...


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