Semana 11 - Luzes sobre sombras em pastel a óleo

"Dar corpo" através da luz sobre a sombra.

É sempre mais difícil captar luz sobre sombra do que sombra sobre luz. Fazer luz é como "subtrair", tirar algo nas formas para resultar no claro... e tirar é mais complicado que colocar, então, requer mais concentração no olhar, porque quando vê, a mão tá adicionando sombra sem pensar. Então na hora de desenhar, tentei ver a "sombra clara". Faço isso entrefechando os olhos, ajuda a ver os pontos de luz e sombra com mais contraste.
Lendo depois sobre o pastel a óleo descobri que foi inventado para o Picasso pela empresa de materiais de arte Sennelier em Paris. Picasso buscava um material que fizesse revestimento da tela, mas que não precisasse de pincel (como no caso da tinta a óleo). Na época, só existiam os pastéis secos e aquarela, mas nenhum dos dois preenche completamente. 

Realmente, desenhar com pastel a óleo dá uma sensação de estar pintando, parece que o giz vira uma argila, que ainda "molhada" vai ganhando volume e as cores vão se misturando, conforme vamos colocando uma camada sobre a outra e com o pastel, modelando a forma.
O desenho começou com uma primeira camada escura (vermelha) contornando e prenchendo o espaço da modelo e do lençol. A segunda camada (amarela) era para marcar as luzes e a terceira (bege) apenas para demarcar alguns pontos mais fortes de luz. 

Agora com mais domínio do giz, preenchi mais o espaço e os vazios, mas o giz intermediário (amarelo) acabou não dando tanto contraste quanto o bege escuro usado no final. Tinha poucas opções de cor ao dispor, então foi bom para experimentar trabalhar com cores de pouco contraste. E mesmo as 2 primeiras cores sendo próximas, essas pequenas diferenças de pigmentação acabaram dando volume ao vermelho.
Exercício oposto ao anterior, menos tempo (~15-20minutos)


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