Semana 10 - Sobreposições, reflexos e distorções na sala

21 de novembro de 2019

"Há portanto, enfim, tons diferentes de vida mental, e nossa vida psicológica pode se manifestar em alturas diferentes, ora mais perto, ora mais distante da ação, conforme o grau de nossa atenção à vida."
Henri Bergson, Matéria e Memória


Contornos de pessoas na sala com base em reflexos no espelho que mudava de lugar e mudando de escala. Sinto que esses desenhos com espelho, alem de darem um foco no olhar ao desenhar, as distorções fazem questionarmos o modelo mental que temos daquela pessoa, daquela cadeira. E o resultado se revela como um sonho, como pedaços do entorno, distorcidos mas que estavam lá, em diversos sentidos. Fechar e abrir formas para dar volume, perspectivas.

2h de desenho, entrega ao processo, atenção aos detalhes. Começando do inferior direito, indo para o inferior esquerdo, subindo para o centro esquerdo, indo para o centro direito, passando ao superior direito e terminando no superior esquerdo.

começando pelas pernas até a mesa, depois da mesa até a cabeça e finalmente, em outra cor, o teto. e assim se formava o volume da sala e dos colegas.

Como a composição em lápis ja estava forte no papel, o joao indicou usar amarelo para não tirar o protagonismo da composição ja feita em grafite. <mas tentar trazer uma ideia de perspectiva, também distorcida pelo espelho.

Ainda com dificuldades de fazer rostos, tentei começar debaixo para cima...
E dor no cotovelo da queda de bicicleta ontem, nada grave. Mas hoje não teve yoga antes, só caminhei e falei com o pai sobre calcar os sapatos que ele me deu.


Ps.: (22/11/2019)
Nessa mesma noite, sonhei que mostrava ao meu irmão meus desenhos e que este era o último que eu mostrava, o que eu estava mais empolgada para lhe mostrar. mas quando mostrava, o desenho tinha encolhido e estava com manchas rosas e azuis, como manchas de lixívia. E conforme eu me indagava como tinha acontecido isso, o desenho foi encolhendo, encolhendo, até chegar no tamanho de um cartão de crédito que eu mal conseguia segurar de tão pequeno, mas o desenho ainda estava lá. Só lembro de não querer que ele encolhesse, era como se fugisse das minhas mãos. E meu irmão acabou por nunca conseguir ver o desenho original.

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