Semana 13 - Modelo vivo
Reflexo está vindo pela janela, amanhã é lua cheia (na verdade hoje, pois já é passada meia noite). E estou feeeliiiizzz com o desenho desta tarde. Dizem que a lua cheia tem essas coisas da empolgação, levanta a "moral". Moral... tanta ética e estética, e eu fico feliz quando o desenho levanta a moral.
Desenhei em pé e isso me deu muita energia e concentração, e talvez explica o cansaço no final. E foi quase um exercício de empatia com o modelo que também estava em pé...
Me desafiei a... desenhar os olhos (uau). Olhei nos olhos do modelo (sem modelo mental de olho), e consegui fazer a pupila quase no mesmo ângulo que ele estava olhando, sem usar borracha e sem arrependimentos no meio do caminho, grande vitória do olhar!
E foi a primeira vez que usei mancha no fundo, ao invés de no modelo e que usei o lápis de cor junto com o grafite e o pastel seco. Muito baseado no desenho de segunda-feira do esqueleto à la Andy Warhol que tinha "dado certo". Sinto que são muitas referências se cruzando, às vezes precisava que a cabeça esvaziasse um pouco, mas não quero, gosto dela assim cheia de coisas novas (novamente a lua cheia).
Conforme o tempo passou, o desenho foi ganhando a forma, mais preto, mais branco, mais preto... sempre assim. Camada por camada, porque comecei bem fraquinho e fui aumentando a intensidade. O tempo ajuda a dosar o preto e branco.
O desenho foi feito pensando nas relações, linhas horizontais e verticais. Mas também algumas oblíquas.(Pés foram evitados, coitados, os que mais aguentaram durante essa sessão)
Depois da aula conheci a Susana Chasse, artista lisboeta e professora de desenho (com meditação!). Ela me deu a incrível dica de evitar as linhas oblíquas, há! Sempre tenho problema com as oblíquas... E durante as conversas, ela verbalizou tantas ações que eu não percebia, mas vou deixar para verbalizar isso aqui outra hora.
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